terça-feira, 18 de agosto de 2009

Coração


Ela pousou a mão sobre o peito dele, queria sentir o coração. Tacteou o peito todo, mas nada do compasso familiar. Assustada, olhou para ele. Então, ele abriu o rosto num sorriso e disse que ali não iria encontrá-lo. Tinha que procurar um pouco mais perto, bem juntinho ao seu próprio coração. Só aí é que o coração dele poderia estar. Ela encheu-se de ternura e abraçaram-se com força. Quando ele olhou para ela, ela desviou a cara numa tentativa de esconder as lágrimas. Mas, como sempre, ele notou e obrigou-a, ainda assim suavemente, a olhar para ele. Depois de a questionar e de ela pensar que era absolutamente óbvio, ela lá disse numa voz bem baixinha e desviando os olhos aguados: Amo-te.

12-04-09 (um dos poucos textos que me posso orgulhar de ter acontecido *.*

1 comentário: